Charutos premium
10 de fevereiro de 2021

Connecticut e suas folhas

Se você degusta charutos, ou se pelo menos já é um interessado no assunto, com certeza já escutou sobre algum charuto que tenha Connecticut no nome, uma vez que é bastante comum os charutos levarem no nome as folhas de capa.

A história na região começa em 1762, quando um oficial da armada britânica leva charutos e sementes de Cuba para a então Colônia de Connecticut. Inicia-se o cultivo dessas folhas que acabam sofrendo algumas mutações por conta do solo e clima, o que resulta em uma folha com identidade própria da região. A Connecticut Broadleaf que é mais espessa e intensa no paladar e olfato e a Connecticut shade (cultivada a sombra), mais delicada e que se tornou uma queridinha dos master blenders e logo passou a ser cultivada em outros locais, além dos Estados Unidos. Abaixo selecionamos alguns charutos com essa capa.

Joya de Nicarágua Clássico

O primeiro charuto nicaraguense a ser exportado e reconhecido como um charuto premium em outros países. Tem uma capa Connecticut shade do Equador, e capote e tripa da Nicarágua, de corpo suave apresenta notas de madeira e um leve dulçor de castanhas. Perfeito para quem busca uma degustação delicada ou para iniciar nesse universo.

Perla del Mar Shade e Maduro

O Perla é uma marca que fez muito sucesso no início dos anos 1.900. Era produzido na Flórida com folhas cubanas por quatro irmãos e sua fábrica era muito próxima da de J. C. Newman. Os anos se passaram muita coisa aconteceu em Cuba e no mundo dos charutos, hoje os Perla del Mar são produzidos pela J. C. Newman. A linha Shade é produzida com folhas envelhecidas de diferentes regiões da Nicarágua e uma capa Connecticut Shade do Equador, enquanto a linha maduro ganha uma capa Connecticut Broadleaf.

New World Connecticut

A. J. Fernandes é hoje um dos grandes responsáveis por charutos premium na Nicarágua. A serie New World é um grande sucesso, apresentam uma boa evolução, queima e fluxo perfeitos. A linha Connecticut chega com uma capa Connecticut Shade dos Estados Unidos, um capote San Andres do México e uma tripa com folhas da Nicarágua e do Brasil. A degustação é o equílibrio perfeito entre notas amadeiradas, um dulçor de baunilha e uma delicada picância.

Enclave Broadleaf

As folhas Connecticut shade são muito mais comuns, uma vez que em sua maioria as folhas de capa são cultivadas a sombra, mas aqui, nesse caso, o fato de ser uma Connecticut Broadleaf, ou seja, cultivada ao sol, faz toda a diferença. De corpo médio, médio/forte, esse charuto tem no capote e tripa uma seleção de folhas da região de Estelí e Jalapa na Nicarágua. Com um início de notas terrosas e minerais, ele logo evolui para notas mais adocicas, em uma explosão de sabores perfeitamente equilibradas.

Em opções mais suaves e delicadas, bebidas como chá branco, destilados mais suaves e florais como um whisky japonês, serão ótimas combinações. Agora, se você optar por um broadleaf, com maior fortaleza, é importante crescer também nas bebidas. Nesse caso opções como um café ou um Irish Whisky serão ótimas para acompanhar esse momento.